quarta-feira, 19 de setembro de 2012


tentei esconder, até por vezes tentei mentir para mim mesma que não estava apaixonada por ti, mas não consegui omitir isso do meu coração.
comecei por escrever toda a mágoa que estava dentro de mim, mas por breves momentos, tu invadiste a minha mente, e mostraste que ainda havia algo por que lutar.
relembrei-me logo do teu sorriso, da tua gargalhada exuberante e engraçada que jamais iria ser a minha.
todos aqueles teus tiques, a tua mania de mexer no cabelo, a forma como me pegavas na mão para apenas brincares com os meus dedos, coisa que eu odiava, mas fazias questão de o fazer.
podes achar estranho ou até mesmo impossível, mas sinto a tua falta. sinto saudades dos teus defeitos que eu podia cuidar e das tuas virtudes que eu me podia orgulhar.
talvez já não te lembres disto, mas queres saber qual foi o meu momento favorito que passei contigo ?
o dia em que entraste na minha vida.
um dia como todos os outros, só mais um dia nas nossas vidas, mas por algum motivo, os nossos olhares se fundiram num amor inesperado. 

sempre ouvi dizer que um amor começa por um "olá" e assim foi.
foi tudo tão rápido que após cinco dias de nos termos conhecido, eu já me sentia completamente tua.
o som da tua voz ecoava todo o meu pensamento, o teu abraço reconfortava-me como nenhum o fazia. e foi  então que todas lágrimas se transformaram em sorrisos e amor.
a nossa história continuou ...
os beijos viraram rotina, e a nossa ligação ficou cada vez mais forte.
pouco depois de tudo isto acontecer, deixamo-nos de ver, não porque queríamos, mas porque tinha de ser.
apesar de toda a distância, o nosso amor permaneceu intacto. não havia razões, não havia "porquês", apenas vivíamos aqueles momentos como se fossem o último.
mas infelizmente, como todas aquelas espécies de "amores verdadeiros", o nosso tinha acabado.
não havia forças, não havia maneiras de voltar atrás, não havia caminhos para onde ir, a felicidade fugia por todos os cantos, e eu sentia-me talvez perdida, não fisicamente, mas sentia-me como tal.
as palavras já não faziam qualquer sentido, o "prometo não te deixar" já nem sequer era verdadeiro, e nem os nossos corações se sentiam livres. a dor, a mágoa, o esquecimento tinha-se apoderado de tudo o que havia de nós.
tudo o que restava de nós era saudade, mas talvez até essa fosse uma das razões para mostrarmos que precisávamos um do outro.
o tempo voava, e o meu amor levava-se com ele.
pertencia-me inteiramente a mim mesma, já nada que era meu te pertencia, e nada teu jamais seria meu.

mas como todos dizem, o que é verdadeiro volta, e, apesar de tudo, nós continuávamos a ser um "nós", independentemente de tudo o que havia passado.
as pessoas cometem erros. mas isso não é uma razão para as deixarmos de amar.
custa no principio termos de aceitar tudo de novo, apagarmos todas as más memórias, mas porque haveríamos de escolher o caminho da solidão ?
o melhor é mesmo esquecermos o passado, porque esse não volta, e como ouvi uma vez por aí "esquece o passado, vive o presente e planeia o futuro".
talvez seja a única resposta para todo este amor perdido.

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